Sou mais que a passista curvilínea que enlouquece a arquibancada e faz a bateria perder a harmonia.
Sou mais que o negro viril, que rodeia fantasias sexuais da mulher branca.
Sou a faxineira que você odeia e de quem você ri nas suas redes sociais. A mesma que lava a sua roupa e limpa seu lixo e cujo trabalho você jamais seria capaz de fazer igual e não sobreviveria sem.
Sou o pedreiro que aos seus olhos passa o dia bolando cantadas machistas, mas que aguenta o sol na lata ao meio-dia de pé, enquanto você desfruta do ar-condicionado sentado à sua mesa no escritório.
Sou aquele a quem você profere ódio todos os dias, a quem você nega a história, a identidade, o espaço, os direitos e nega respeito.
Hoje é 24 de dezembro e a despeito da sua crença, meu Jesus que renasce esta noite é preto e com ele renasce a esperança preta de superar toda barreira que o ódio tenta me impor.
Sou toda a superação e resistência dos meus ancestrais que me trouxeram até aqui.
Sou Cristo e sou Zumbi.
Sou mais que o negro viril, que rodeia fantasias sexuais da mulher branca.
Sou a faxineira que você odeia e de quem você ri nas suas redes sociais. A mesma que lava a sua roupa e limpa seu lixo e cujo trabalho você jamais seria capaz de fazer igual e não sobreviveria sem.
Sou o pedreiro que aos seus olhos passa o dia bolando cantadas machistas, mas que aguenta o sol na lata ao meio-dia de pé, enquanto você desfruta do ar-condicionado sentado à sua mesa no escritório.
Sou aquele a quem você profere ódio todos os dias, a quem você nega a história, a identidade, o espaço, os direitos e nega respeito.
Hoje é 24 de dezembro e a despeito da sua crença, meu Jesus que renasce esta noite é preto e com ele renasce a esperança preta de superar toda barreira que o ódio tenta me impor.
Sou toda a superação e resistência dos meus ancestrais que me trouxeram até aqui.
Sou Cristo e sou Zumbi.
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