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sábado, 7 de setembro de 2013

Repense seu preconceito

Ontem lendo a matéria sobre o assaltante de ônibus em Volta Redonda no nosso querido jornal Diário do Vale, o redator ao falar do sujeito, o descreve como negro com idade entre 20 e 30 anos. Na hora eu ri. Afinal, quantos negros nessa faixa etária existem só em Volta Redonda? Essa descrição é suficiente para identificar um assaltante? Ou por se tratar de um negro não precisa de mais nada? Erro, ignorância, despreparo da pessoa que escreveu a matéria ou apenas mais um caso em que as pessoas usam seu preconceito enraizado e nem pensam no que falam? Tô dizendo isso, pois esse foi só mais um detalhe depois de algumas conversas ao longo do dia.
Acontece que estou "ligeiramente" cansada de ver como as pessoas disseminam seus preconceitos com naturalidade, muitas vezes acreditando que não tem preconceito, o que elas não sabem ou não entendem que esses conceitos são tão antigos e fortes nessa sociedade civilizada que nós vivemos que passam por gerações como algo normal.
"Eu não tenho preconceito."
Não tem, mas quando quiser me ofender vai falar da cor da minha pele, da textura do meu cabelo, da minha boca ou do meu nariz.
Fazer piadas sobre a escravidão não é legal, porque a escravidão não foi engraçada!
Acha que preto=pobre=favelado=bandido, sempre no sentido pejorativo.
Quando eu uso uma roupa preta eu não estou pelada, assim como um branco quando usa uma roupa branca também não está.
Pare de pensar que preto só escuta pagode/funk/rap e que são músicas ruins por terem saído das periferias.
Pare de dizer que somos "gente da cor"! Eu ainda não conheci um ser humano transparente.
Enquanto existir um ignorante para rir desse tipo de coisa, sempre haverá um preconceituoso para falar.
Não me ame. Apenas respeite a cor da minha pele, a minha crença, a minha orientação sexual, o meu peso, a minha profissão, a minha condição financeira...respeite!

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