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domingo, 29 de novembro de 2015


Vontade de apertar ocê
Sentir aquele cheiro bom que vem
Sempre que o vento vai
por entre a camisa e a pele sua
Ficar de ócio na tarde de primavera
Querendo ser tudo que podemos
Olhando a folha nova se balançar
Abrindo a porta pro beija-flor entrar
Ouvidos sorrindo ao som do jazz
E a companhia melhor que cê traz
Falando apenas com o toque das mãos
Tudo que ainda não falamos com a voz
Vontade de lhe conhecer
Lábios, gestos e seu pulsar
Para que não possa nunca lhe guardar
Mas sempre ler, lhe lembrar, lhe ver e viver
Que seu rosto invisível
ao meu fechar de olhos
Traga seu nome
e o que mais não precise de forma para existir
E então fique onde está
Pra que eu possa apertar ocê
E me aperte, se quiser,
mas não saia de mim

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