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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Muito prazer, mãe e profissional!

-Tem filho?
-Tenho.
-Ah, não pode ter filho.

Esse foi o fim de um diálogo recente, que eu me dei conta que é um diálogo corrente com muitas mães. Existe uma vaga de emprego e entre os requisitos está "não ter filhos". Eu sei e todo mundo sabe da dependência de uma criança pequena, porém a partir do momento em que a mãe vai procurar um emprego é porque ela tem essa possibilidade de trabalhar.
Enfim, o caso aqui não é esse, até porque eu nunca ouvi de nenhum homem ter sido rejeitado por um contratante por ser pai ou que perdeu o emprego por ter que sair cedo em caso de emergência com @ filh@.
Fiquei pensando que para a "sociedade", um homem que tem filh@ tem por obrigação trabalhar. Um homem que tem filh@ passa credibilidade ao se candidatar a uma vaga de emprego, pois o raciocínio é o seguinte: "tem filh@, será comprometido com o trabalho, responsável, tem que levar o leite para casa".
Se o raciocínio é esse, porque aquele diálogo inicial existe? Ah sim, desculpe, me esqueci que agora é a parte em que eu falo da mãe. A mãe foi feita pra cuidar d@ filh@, ficar em casa e não para o mercado de trabalho, porque a parte do dinheiro é com o pai.... Mas.... e se não tem pai? E se o pai não participa? Ou se simplesmente essa mãe quer trabalhar porque gosta e porque sabe que lugar de mulher é onde ela quiser estar? E aí, como faz?
Vivemos numa época em que mulheres são chefes de estado e que ainda se rejeita uma profissional por ela ser mãe!!!
Criança dá trabalho, existem emergências, existem as viroses e doenças da estação, mas assim é a vida de qualquer pessoa. Junto à mãe que trabalha existe alguma estrutura, seja a família, a creche, o pai, que a possibilite sair de casa, que a possibilite ser também uma profissional.
Já sofremos preconceito por ser mulher e querem nos impedir de sermos donas de nossas vidas, de sermos chefes de família, de sermos livres mais uma vez. Não vão conseguir!

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